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Para a maioria das pessoas trabalho e viagem são experiências distintas. Você trabalha sem pausas durante um ou dois anos, economiza algum dinheiro e viaja de férias. Depois, volta para casa e um novo ciclo de trabalho sem pausas se inicia até você tirar férias novamente.

Não há nada de errado em se viver assim, porém, desde que o trabalho remoto se tornou uma opção viável em algumas profissões, trabalho e viagem se tornaram uma experiência integrada para um grupo de profissionais conhecidos como nômades digitais.

Eu faço parte desse grupo desde 2017. Comecei minha jornada nômade oferecendo serviços como redator freelancer. Logo depois vieram os cursos e treinamentos in company e, conforme minha audiência foi crescendo, passei a produzir conteúdos para grandes marcas no papel de influenciador.

Além disso, lancei um livro sobre nomadismo digital que, inclusive, foi finalista do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Economia Criativa. Ou seja, desde 2017 criei algumas fontes de renda para alcançar minha liberdade financeira como nômade digital.

E, quando as finanças entram em pauta, invariavelmente as pessoas se perguntam: Quanto preciso de dinheiro para me tornar um nômade digital? Como calcular o custo de vida em determinado país? Como enviar e/ou receber dinheiro no exterior? Onde os nômades digitais pagam os seus impostos?

Geralmente, a resposta para cada uma dessas perguntas é “depende” – porque, de fato, depende de uma série de fatores. No entanto, a ideia deste artigo é justamente explorar e entender quais são esses fatores e como você pode se planejar financeiramente para se tornar um nômade digital dentro do seu cenário atual.

Bora lá?

Quanto custa ser um nômade digital?

Não, você não precisa ser rico para viajar o mundo. Sempre que me perguntam quanto custa ser um nômade digital, brinco que depende de quanto perrengue você está disposto a passar – existem tipos de viagens para todos os bolsos.

Nas minhas primeiras viagens, para economizar, eu costumava ficar em Airbnbs compartilhados. Do ponto de vista financeiro, foi ótimo, mas percebi que em termos de trabalho não funcionava para mim. Gosto de ter o meu espaço.

Desde então, as hospedagens ocupam a maior fatia do meu orçamento – sou fresco e gosto de conforto, mas se você é do tipo que dorme até no chão, conseguirá economizar bastante neste quesito.

No entanto, diferente do que você deve imaginar, viver viajando não é necessariamente mais caro do que ter residência fixa. Geralmente, nômades de primeira viagem vão para países com custo de vida bem baixo – como Tailândia, México ou algum país aleatório do leste europeu.

Para encontrar estas pérolas nômades, costumo utilizar o Nomad List. De acordo com o site, por exemplo, o custo de vida individual para um nômade digital em São Paulo é de US$ 1.035/mês.

São Paulo

 

Já o custo de vida aproximado em Ko Pha Ngan, na Tailândia, é de US$ 856/mês – tive a oportunidade de viver nas duas cidades e vou falar para vocês que a qualidade de vida nessa ilha tailandesa é um pouquinho melhor, viu?

Koh Pha Ngan

Como calcular o custo de viver viajando?

Eu sempre utilizo o Nomad List para ter uma base aproximada do custo de vida em determinado país. Minha lógica de viagem é a seguinte: se quero passar um tempo em algum país onde o custo é alto, antes devo ir para dois países com o custo baixo. Assim equilibro a balança.

Minha dica é trabalhar com um orçamento anual com pelo menos três cenários de conforto.

Os meus hoje são estes:

Perrengue: R$ 50 mil por ano.

De boas: R$ 100 mil por ano.

Luxo: R$ 150 mil por ano.

Comecei viajando dentro do cenário perrengue. Hoje viajo dentro do cenário de boas. A meta é viajar dentro do cenário de luxo – mas para isso preciso aumentar meus rendimentos (e isso depende só de mim).

Como enviar ou receber dinheiro no exterior?

Quando me tornei um nômade digital, lá em 2017, eu costumava utilizar um banco tradicional do Brasil para enviar dinheiro para a minha conta no exterior. “Costumava” porque até então eu não conhecia a Remessa Online.

A Remessa Online é uma plataforma brasileira, 100% digital, que facilita e descomplica o processo de transferências internacionais para o exterior (envio e recebimento de dinheiro), tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.

Foto: Recebendo uma graninha via Remessa Online aqui em Playa del Carmen, no México.
Foto: Recebendo uma graninha via Remessa Online aqui em Playa del Carmen, no México.

Sabemos toda a burocracia envolvida quando o assunto é banco. No caso das transferências internacionais, os bancos brasileiros costumam cobrar entre 8% e 11% em taxas. Além disso, o dinheiro demora a cair na conta – a média é de 3 dias úteis.

Com a Remessa Online, no entanto, é diferente. As taxas são até 8x mais baratas do que a dos bancos tradicionais e o dinheiro entra na conta em até 1 dia útil. Tudo é feito 100% online, sem burocracia e com um ótimo atendimento.

Como nômade digital, você pode utilizar a Remessa Online para fazer ou receber pagamentos em diversas moedas, independentemente do país em que estiver, o que abre a oportunidade de conquistar clientes internacionais e aumentar a renda.

Onde os nômades digitais pagam os seus impostos?

Essa realmente depende. Você é CLT ou autônomo(a)? Seus clientes estão no Brasil ou no exterior?

Se você trabalha por conta própria, o ideal é se tornar pessoa jurídica. Não sou contador e o ideal é que você procure um(a), mas, basicamente, a grande maioria dos(as) nômades autônomos(as) que conheço se enquadram nas categorias MEI ou Microempresa.

Para trabalhar como freelancer, você não precisa, necessariamente, ter um CNPJ. Você pode emitir notas fiscais como pessoa física e tudo mais. Porém, recomendo que você profissionalize o seu negócio.

Sobre pagar os impostos no Brasil ou abrir uma empresa no exterior, depende muito da legislação do país em questão e do seu faturamento. Porém, em muitos casos, mesmo que seus clientes estejam no exterior, vale mais a pena emitir as suas notas e pagar os impostos no Brasil. Em todo caso, informe-se com um(a) contador(a).

A Mari Salles, minha contadora, respondeu as perguntas mais frequentes sobre o tema neste artigo.


Transparência: Este artigo é uma parceria paga entre o autor e a Remessa Online. Ou seja, é uma relação ganha-ganha entre a empresa parceira, que atinge mais pessoas; o produtor de conteúdo, que continua compartilhando seus artigos sem cobrar nada por isso; e você, que continua tendo acesso a um conteúdo gratuito e de qualidade.

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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