Você certamente já ouviu em alguma aula ou palestra que a palavra “crise” em mandarim significa “perigo + oportunidade”. Embora o significado original não seja esse, a reflexão por trás dessa mentirinha corporativa faz sentido.
No clássico “A estratégia do oceano azul”, os autores W. Chan Kim e Renée Mauborgne exploram a ideia de que o sucesso consiste em tornar a concorrência irrelevante.
Em outras palavras: as empresas precisam buscar “águas claras”, menos turbulentas e com maior potencial de lucros, desenvolvendo uma proposta de valor inovadora para um público que ainda não teve suas necessidades atendidas.
Na metáfora marítima, um oceano azul é um local onde se pode nadar livremente: um mercado ainda não explorado e sem concorrência. O oceano vermelho, por outro lado, é onde estão os mercados já saturados e a concorrência é brutal.
Se você perguntar para qualquer pessoa que trabalha com marketing digital qual a melhor rede para focar seus esforços, certamente receberá algumas respostas como:
– Os anúncios no Facebook funcionam muito bem!
– Os stories do Instagram têm um ótimo retorno!
– Um canal no YouTube pode gerar ótimos resultados!
– O TikTok é a rede do momento!
De fato, todas as redes citadas têm um potencial incrível. Mas, se você está querendo ganhar visibilidade dentro do mundo profissional e gerar novos negócios, eu te responderia que o LinkedIn ainda é uma rede onde você pode navegar por “águas claras”.
Com mais de 720 milhões de usuários ao redor do mundo, sendo 46 milhões deles no Brasil, o LinkedIn se tornou uma das maiores plataformas de conteúdo na internet. Ou seja: foi-se o tempo em que a rede era apenas um banco de currículos.
Conteúdo: como navegar pelas águas claras do LinkedIn
Eu tenho um canal no Telegram onde eventualmente envio dicas gratuitas sobre a rede.
Esses tempos fiz duas enquetes para os quase 1.500 membros do grupo. Na primeira, perguntei a frequência com que as pessoas produzem conteúdo no LinkedIn. 54% dos participantes disseram não produzir conteúdos na rede. Então, fiz uma segunda pergunta. Questionei esse grupo sobre o porquê de não produzirem conteúdos no LinkedIn. 50% disseram que não sabem por onde começar.
Ainda que esses números representem uma pequena amostra da rede, é sabido que uma grande parcela dos usuários utiliza o LinkedIn de forma passiva, ou seja, não produzem conteúdos; apenas consomem. E é aí que está a oportunidade para os produtores de conteúdo: a concorrência existe, mas é menor do que em outras redes. Se você for acima da média no que faz, a chance de se destacar no LinkedIn é grande.
Como criar conteúdos relevantes no LinkedIn
Todo mundo tem uma história pra contar. Eu estou cansado de dizer isso para os meus alunos. Hoje minha história é bem mais interessante do que a do Matheus de 2015, mas ainda assim minha versão mais jovem tinha algo útil para compartilhar –– tanto que em 2016 o próprio LinkedIn me elegeu como um dos Top Voices, lista com os profissionais mais influentes da rede.
Aquele conhecimento que é básico para você pode fazer uma baita diferença na vida das pessoas. Uma dica de produtividade, uma indicação de livro, uma ferramenta que lhe ajuda no dia a dia.
Sempre vai existir alguém que está neste exato momento no ponto em que você estava quando começou sua carreira. Escreva para essa pessoa. Nenhum conhecimento é básico demais. Alguém pode se beneficiar – e muito – dos seus conselhos e o LinkedIn pode ser o espaço ideal para compartilhar essas experiências.
A seguir, três dicas práticas para você produzir conteúdos relevantes no LinkedIn:
1. Encare a experiência como um exercício diário de criatividade
Uma vez por dia, depois de concluir seu expediente, anote uma situação ou processo do seu trabalho que você possa compartilhar posteriormente com a sua rede. Essas anotações diárias podem te ajudar a fazer conexões interessantes quando você for produzir seus conteúdos.
E não precisa ser nada muito elaborado, viu?
Está nos estágios iniciais de um projeto? Escreva sobre suas influências e o que está inspirando você. Se o projeto já está em andamento, escreva sobre o processo. Se você o concluiu, mostre os resultados ou fale sobre o que aprendeu.
2. Não tenho nada de interessante rolando no trabalho. E agora?
Leia um livro da sua área e conte o que você aprendeu.
Ler, aliás, pode ser a melhor inspiração na hora de criar conteúdos próprios. A leitura pode ajudar o cérebro a fazer conexões com experiências já vividas, o que pode acabar gerando um bom conteúdo.
No começo pode ser mais difícil, mas com o tempo se tornará um hábito.
3. Por último, não seja imediatista
Independentemente da rede social, os resultados demoram a aparecer. Por isso, você precisa ser consistente e criar o hábito de produzir conteúdos pelo menos uma vez na semana.
É cansativo ficar um tempão escrevendo um artigo para apenas 5 pessoas lerem? É. Mas faz parte do processo.
Meus artigos tem uma média de 1.000 palavras cada. Meu livro, Nômade Digital, tem pouco mais de 33 mil palavras. Ou seja, eu praticamente escrevi um livro gratuito no LinkedIn enquanto tentava construir uma audiência.
Como criar uma audiência no LinkedIn
Para criar uma base engajada de seguidores no LinkedIn você deve, antes de mais nada, se tornar um produtor de conteúdos relevantes. E existem quatro regras de ouro para que isso aconteça:
Seja autêntico: Sua personalidade precisa estar sempre presente nos seus conteúdos.
É legal se inspirar em outros produtores de conteúdo e ter referências, mas é mais importante ter a sua própria voz.
Não utilize engenharias: Mantenha o conteúdo bem simples e pense sempre no usuário. Escreva para pessoas, não para robôs.
Preste atenção nos horários das postagens (o LinkedIn funciona melhor em dias úteis e em horário comercial) e tenha cuidado para não “canibalizar” suas postagens, ou seja, não faça vários posts no mesmo dia –– um vai cortar o alcance do outro.
Tenha um nicho: Fale sobre temas recorrentes e seja a melhor pessoa da rede sobre o assunto que você escolheu falar.
Compartilhe as novidades do seu setor para se manter relevante e apresente sempre sua própria visão sobre o tema.
Pense no LinkedIn como uma via de mão dupla: Ser ativo no LinkedIn não significa apenas publicar conteúdos.
Na verdade, muita gente publica nas redes sociais sem nunca se envolver com o público. Essas pessoas querem milhares de seguidores, querem fechar negócios, mas não querem sair dos seus próprios mundinhos e não interagem em publicações de terceiros.
Tire um tempo na sua semana para responder comentários e comentar nas publicações de profissionais que você admira; isso vai fazer toda a diferença lá na frente.
Se convenceu do poder do LinkedIn?
Se você se animou com tudo isso que escrevi neste artigo, deixa então eu te apresentar meu curso online de Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn.
Em 2018, quando o LinkedIn divulgou sua nova lista de Top Voices, fui citado por um terço dos indicados como referência.
Dos 20 novos nomes, inclusive, 5 foram alunos do meu curso (Eberson Terra, Kaio Serrate, Laís Schulz, Laís Vargas e Laíze Damasceno) e contribuem com suas estratégias nas aulas bônus.
No ano seguinte, outros 5 alunos meus também saíram na lista (Adelane Rodrigues, Bruna Cosenza, Dimitri Vieira, Maira Reis e Raíra Venturieri).
Isso significa que o meu curso forma Top Voices? Não necessariamente. Não tenho como garantir isso pra você. Mas, vou te dizer que se você fizer tudo direitinho e ter consistência as chances são grandes, hein?
Agora, uma coisa eu garanto: as estratégias ensinadas no curso vão te ajudar a ser visto na rede.
Bora decolar? As informações do curso estão neste link.
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