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Desde 2017 vivo como um nômade digital. “Nômade” porque, assim como os beduínos do Omã ou os berberes do deserto do Saara, estou sempre em movimento e não tenho residência fixa. “Digital” porque utilizo a internet para executar meu trabalho de forma remota de qualquer lugar do mundo.

Nos últimos anos morei e trabalhei de forma remota em uma dezena de países. Desde um bangalô numa ilha paradisíaca na Tailândia, passando por um apartamento histórico na Turquia que já foi sede do consulado francês no começo do século XIX e até mesmo num barco ancorado na Doca de Belém em Portugal.

Na maior parte do tempo viver como nômade digital é tão incrível quanto parece. Você tem a oportunidade de conhecer outras culturas, pessoas, cores e sabores. No entanto, isso não significa que você é um turista em tempo integral bebendo mojitos numa segunda-feira qualquer no México – não que eu nunca tenha feito isso, mas você entendeu.

Embora possam ser classificados como “perrengues chiques”, eles, os perrengues, fazem parte da rotina. A internet que deixa de funcionar num país em que você não fala o idioma no dia em que você precisa entregar um projeto, o fuso-horário que te faz ficar acordado até mais tarde por causa de uma reunião com alguém que está no Brasil ou então ficar “preso” num país que fechou suas fronteiras por causa de uma pandemia.

Há coisas que fogem do nosso controle, mas muitos dos perrengues que os nômades digitais passam na estrada poderiam ser evitados com o mínimo de planejamento. Dito isso, confira um checklist com 6 itens para você preparar a sua primeira viagem como um nômade digital.

1) Documentação

Brasileiros estão isentos de visto para viajar a turismo para mais de 150 países do mundo. Isso não significa, no entanto, que não devem ser cumpridos requisitos para entrada em outros países.

Comprovantes de hospedagem, certificados de vacina e bilhetes para o próximo destino podem ser (e frequentemente são) exigidos pelas autoridades estrangeiras para entrada em outros países.

Informe-se cuidadosamente, antes de viajar, da documentação necessária para entrada no destino escolhido. Ao chegar ao país, apresente todos os documentos às autoridades de fronteira. Você pode conferir os requisitos de entrada para cada país neste link.

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2) Destino

Escolher uma cidade ao redor do globo para viver como nômade digital não é uma ciência exata. Às vezes acerto, às vezes quebro a cara.

Geralmente utilizo o NomadList para ter uma ideia do custo de vida de cada cidade e conferir relatos de outros viajantes.

Checklist para nômades digitais: como se preparar para a sua primeira viagem internacional

Ao selecionar uma base nômade, um lugar para morar e trabalhar por pelo menos 1 mês, baseio minhas escolhas através dos seguintes critérios: custo de vida, velocidade da internet, opções de lazer, mobilidade e segurança.

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3) Dinheiro

Quando me tornei um nômade digital, lá em 2017, eu costumava utilizar um banco tradicional do Brasil para enviar dinheiro para a minha conta no exterior. “Costumava” porque até então eu não conhecia a Remessa Online.

Remessa Online é uma plataforma brasileira, 100% digital, que facilita e descomplica o processo de transferências internacionais para o exterior (envio e recebimento de dinheiro), tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica.

Uma coisa legal é que Remessa Online e Nubank firmaram uma parceria incrível para trazer praticidade para quem precisa enviar ou receber dinheiro do exterior.

Pois é, agora clientes Nubank que possuem cadastro PJ também podem começar a fazer transferências internacionais a partir do app do Nubank e garantir um desconto especial no custo da operação da Remessa Online, que já é uma das menores taxas do mercado.

Checklist para nômades digitais: como se preparar para a sua primeira viagem internacional

Demais, né? Eu sou cliente Remessa e Nubank e garanto que ficou muito mais prático agora. Se separadas já quebram barreiras financeiras, imagina juntas!

4) Saúde

E se eu ficar doente ou me acidentar no exterior?

Se você tem um cartão MasterCard Platinum ou Black, pode emitir gratuitamente um bilhete de seguro viagem. Outra opção é o SafetyWing, um seguro viagem pensado para nômades digitais – neste caso o custo é US$ 42 por 4 semanas.

Além de evitar possíveis dores de cabeça (e nem falo de forma literal aqui), o seguro viagem é requisito de entrada em muitos países. Não dê mole de viajar sem.

5) Fuso-horário

Viver em uma praia paradisíaca no Sudeste Asiático é uma experiência incrível, mas se você é do tipo que participa de várias reuniões por dia e/ou, mesmo trabalhando remoto, precisa estar disponível em horário comercial, saiba que por aqui o fuso-horário é 10 horas na frente do Brasil.

No meu caso, que trabalho por conta própria, esse fuso acaba sendo um pró: já deixei de participar de muita reunião que poderia ser sido um e-mail graças ao choque de horários.

6) Internet

Esse é um dos pontos principais. Eu adoraria ter a experiência de viver numa cabana isolada em uma montanha na Indonésia, mas e a conexão de internet? Como não sou um turista tradicional em férias, preciso ter garantias de uma boa conexão de internet ao escolher um novo destino.

Quando reservo um Airbnb, o principal item que olho nas resenhas são comentários sobre a internet do apartamento. Em países como a Tailândia, acostumados a receberem nômades digitais do mundo todo, é comum encontrar nos anúncios print screens com a velocidade da internet.

Além disso, uma das primeiras coisas que faço ao desembarcar em um novo país é comprar um chip pré-pago de celular com pacote de dados suficiente para minha estadia.

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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