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A frase que dá título ao artigo não é minha. Ela viralizou há uns três anos através da foto de um muro pichado com este questionamento.

Lembrei dela –– e do que ela representa –– quando o fotógrafo César Ovalle, o Cesinha, fez o mesmo questionamento em seu Instagram.

Em 2019 completo 30 anos de idade e já começo a olhar para os meus 20, minha juventude, com certo saudosismo. Foram várias primeiras vezes nesse período. Talvez eu tenha vivido os melhores anos da minha vida. Talvez.

Desde que os 30 foram ficando mais próximos tenho buscado no Google as famosas listas de “coisas para se fazer antes dos 30”. Elas geralmente começam com “pular de paraquedas”. E foi o que fiz em janeiro deste ano.

Também fiz aulas de windsurf, viajei sozinho para o exterior, escrevi meu primeiro livro de não-ficção (que será publicado em breve), estou escrevendo o primeiro de ficção, aprendi a escrever roteiros de cinema, fiz um curso de produção musical, além de outras primeiras vezes impublicáveis aqui –– mas não pense besteira.

Nos últimos meses fiz várias coisas pela primeira vez assombrado pelo fantasma dos 30 anos. É possível, aliás, que eu esteja vivendo a famosa “crise dos 30”. Tentando me descobrir, tentando recuperar um suposto tempo perdido, tentando me sentir vivo.

O que eu percebi é que, exceto pelas atividades que envolvem o dinheiro que o Matheus de 10 anos atrás não tinha, muitas coisas não fiz por medo. Medo de não ser bom o suficiente, medo do que as outras pessoas iriam achar, medo de ser julgado. E fui deixando pra depois. Esperando pelo momento certo.

Aliás, protelamos coisas quase que diariamente esperando pelo momento certo. Mas a real é que não há momento certo. Ou, melhor, o momento certo sempre é o agora. O agora é a sua única certeza. Não espere uma crise dos 30, 40, 50 ou 60 anos para começar a viver, para tirar seus planos do papel. Não espere o momento certo.

Sabe aquele curso que você quer tanto fazer? Faça.

O livro que você pensa escrever? Escreva.

O esporte que você sempre pensou em praticar? Pratique.

O idioma que você quer aprender? Aprenda.

A viagem que você tanto sonha? Dê um jeito, economize uma grana e vá. Apenas vá.

Se tem algo que aprendi com a minha crise dos 30 é que são essas primeiras vezes que nos mantêm vivos e motivados. Seja no trabalho, seja em casa, seja na vida em sociedade.

E você, quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

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Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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