Você certamente já ouviu em alguma aula ou palestra que a palavra “crise” em mandarim significa perigo + oportunidade. Embora o significado original não seja esse, a reflexão por trás dessa mentirinha corporativa faz sentido.
Enquanto diversos setores sofrem com a recessão da nossa economia, no mercado dos pets não existe crise econômica. A grande variedade de serviços e produtos oferecidos para os bichinhos (e seus donos) faz com que este seja um dos segmentos que mais crescem no país – e também no mundo.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), em 2017 o mercado pet apresentou uma ampliação de 4,9% em relação ao ano anterior. Na comparação com outros países, o Brasil já é o terceiro maior mercado, depois de registrar faturamento superior a US$ 5 bilhões no ano passado. O ranking é liderado pelos Estados Unidos, com US$ 49 bilhões, seguido por Reino Unido, com US$ 6 bilhões.
O mercado de comidas pets é o que corresponde à maior fatia do mercado brasileiro, com 67,3% do faturamento. Em seguida, banho e tosa e outros serviços, com 16,8%. O segmento de pet care (que compreende equipamentos, acessórios e produtos de beleza) é o terceiro que mais fatura, com 8,1%. Os produtos veterinários ocupam a quarta posição, com 7,8% do faturamento do mercado.
O perigo
O setor está ficando saturado e muitas empresas estão oferecendo mais do mesmo – um erro mortal na era do varejo de experiência. Com muitos concorrentes no mercado, os clientes em potencial tendem a ver cada opção como um “jogo de commodities”, o que pode levar a uma redução dos preços e, consequentemente, a uma crise no segmento.
A menos, claro, que você consiga diferenciar seus produtos e/ou serviços de seus concorrentes de tal forma que os mesmos clientes estejam dispostos a pagar mais pelo que é oferecido pela sua marca – o que acontece entre a Apple e os outros fabricantes de smartphones, por exemplo.
Então, a questão é: como você pode se diferenciar da concorrência de tal forma que seu público-alvo perceba que seus produtos e/ou serviços agregam mais valor do que os dos seus concorrentes?
A oportunidade
Você provavelmente já ouviu falar da “estratégia do oceano azul”. Apresentada em um livro de mesmo nome por Renée Mauborgne e W. Chan Kim, esta estratégia é focada em buscar mercados ainda não explorados, chamados pelos autores do conceito de “oceano azul”. Para os autores, a melhor forma de se diferenciar da concorrência é parar de tentar superá-la.
“Na metáfora marítima, o oceano azul é um local em que se pode nadar livremente enquanto os mercados já saturados são o ‘oceano vermelho’ em decorrência do sangue derramado nas batalhas entre os concorrentes“. A Estratégia do Oceano Azul, Renée Mauborgne e W. Chan Kim.
Os paulistas da PAM Store, loja que vende produtos personalizados para pets, têm conseguido resultados incríveis desde que encontraram o seu oceano azul na internet. Ainda que o número de lojas online voltadas para pets tenha aumentado significativamente nos últimos anos, poucos empreendedores do ramo têm explorado as redes sociais tão bem como eles.
Segundo Leonardo Cavazzana, sócio da PAM Store, 90% do faturamento da loja hoje se dá pelo investimento de marketing feito no Instagram. E não pense que estou falando de anúncios dentro da própria ferramenta. A empresa focou sua estratégia em criar conteúdos próprios e divertidos em seu perfil, que já conta com mais de 30 mil seguidores, além de investir em “pet influencers” como o Zé, um border collie simpático e fotogênico.
O seu oceano azul não precisa ser, necessariamente, um novo mercado. Pode ser chegar antes dos outros em alguma rede social pouco explorada no seu setor. Foi o que a PAM Store fez para se diferenciar da concorrência.
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