Esse simpático senhor na foto abaixo é o Eric.
Americano de Boston e ex-integrante da cena hippie da San Francisco dos anos 60/70, em 2004 deixou o capitalismo selvagem dos Estados Unidos (palavras dele) para buscar a paz de espírito na Tailândia.
Nos conhecemos num café em Chiang Mai quando ele me perguntou se eu tinha um “T” sobrando.
Eu tinha.
E após uma conversa super agradável e informativa sobre política externa (ele manja muito de Brasil), budismo, yoga e meditação, o papo rumou para negócios.
Para minha surpresa, aquele senhor de 69 anos ganha a vida da mesma forma que eu: produzindo conteúdo. No seu caso, para um público super especifico: ele tem um blog sobre joelhos.
Trocamos figurinhas sobre SEO, WordPress, LinkedIn, infoprodutos e mercado digital. Fiquei maravilhado ao perceber o brilho nos seus olhos ao me contar sobre seus projetos.
Ele faz o que ama.
Aos 69 anos.
E não tem planos de parar… Pelo contrário: tem novos projetos em seu horizonte!
Tudo isso já seria uma lição maravilhosa, até acontecer algo totalmente inesperado e que mostra a importância do networking também no offline.
Chiang Mai é uma espécie de “paraíso dos nômades digitais“. Você encontra freelancers do mundo todo espalhados pelas dezenas de cafés e coworkings da cidade.
Com tanta gente na mesma “vibe“, o networking acaba sendo algo natural e diversos negócios são fechados.
Naquele dia, por exemplo, o Eric estava no café esperando um programador freelancer de Myanmar que o ajudaria com o WordPress. E, quando soube que minha esposa é fotógrafa, comentou que precisaria de umas fotos profissionais para o seu blog e a questionou se ela teria interesse em atender essa demanda.
Em minutos o negócio foi fechado, as fotos foram feitas e, além de um amigo, ganhamos um parceiro comercial.
Antes um total adepto do home office, hoje vejo como posso ter perdido oportunidades como freelancer justamente por não ter o costume de frequentar coworkings e cafés.
Certamente há vários Erics espalhados por aí…