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A história se repete. Uma rede social ganha fama, constrói uma base gigantesca de usuários, esses usuários passam a oferecer produtos e serviços, os resultados começam a aparecer e… a tal rede social corta o alcance orgânico dos conteúdos dos usuários para que os mesmos invistam em anúncios.

É difícil prever como será nossa relação com as redes sociais nos próximos anos, mas todas as grandes redes que surgiram na última década seguem o mesmo modus operandi. Afinal, elas precisam ganhar dinheiro – e nós, os produtores de conteúdo, somos seu produto.

Um grande erro de muitos produtores de conteúdos na internet é focar sua distribuição em apenas um canal. Essa dependência de uma determinada rede pode quebrar o seu negócio.

Imagine o seguinte cenário: suas vendas estão concentradas em determinada rede e ela decide mudar o algoritmo de entrega, cortando o alcance orgânico do seu perfil pela metade. As chances de suas vendas caírem pela metade são grandes. Agora vamos além: e se essa rede simplesmente deixar de existir amanhã como aconteceu com o Orkut?

Pois é.

Mas, e como distribuir seus conteúdos sem ficar refém das redes sociais?

Tenha um blog/site

Isso é o básico do básico para quem produz conteúdos na internet, mas muitos produtores de conteúdo ainda pecam nessa parte.

Ter um blog/site é o equivalente a ter uma casa própria na internet – enquanto as redes sociais seriam como um imóvel alugado.

É a melhor forma de você distribuir os seus conteúdos em formato de texto. Além de ter a chance de ser encontrado no Google por possíveis clientes e/ou parceiros, com um blog você garante que seus conteúdos não sumirão caso a rede social deixe de existir – quem aqui tinha Fotolog antes do Instagram?

Como fazer o seu blog crescer organicamente

Criar um blog é fácil. Tenho o meu desde 2013. Existem diversos serviços gratuitos de criação – eu recomendo o WordPress (não, infelizmente não estou sendo pago por essa recomendação). Mas, e como criar uma audiência?

Para que seus textos sejam indexados em mecanismos de busca como o Google você deve estudar marketing de conteúdo e SEO – o YouTube está cheio de dicas e tutoriais gratuitos para você aprender qualquer coisa.

Além da divulgação dos links em suas redes sociais, outro recurso que você pode utilizar em plataformas como LinkedIn e Medium é republicar os seus textos na íntegra; assim como estou fazendo com este texto, publicado originalmente em meu blog antes de ser divulgado no LinkedIn.

Eu faço isso para que quando alguém procure sobre determinado assunto no Google, o texto escrito no domínio matheusdesouza.com apareça antes que o mesmo texto escrito no domínio linkedin.com. Esse simples “hack” mostra para o Google a fonte original do texto – afinal, o blog é meu; o LinkedIn é da Microsoft.

Tenha uma newsletter

Há quem diga que o e-mail marketing morreu, mas essa é uma análise equivocada – ouço isso desde 2015, quando criei a minha primeira newsletter. O que morreu foi a paciência das pessoas com propagandas não solicitadas.

Ao criar uma newsletter, que pode ser semanal, quinzenal ou mensal, você tem a oportunidade de enviar seus links diretamente para a caixa de entrada dos seus leitores, não ficando refém dos algoritmos das redes sociais para espalhar seus conteúdos.

Porém, jamais insira na sua lista de e-mails endereços de pessoas que não lhe deram autorização para tal. Cresça a sua lista de maneira orgânica.

Como crescer a sua lista de e-mails organicamente

Minha newsletter, atualmente, é enviada semanalmente através do Substack (serviço gratuito), porém, a plataforma que utilizo para e-mail marketing e automações é o ActiveCampaign (não, infelizmente não estou sendo pago por esta recomendação, porém, caso você assine algum plano através do meu link, ganho 20% de desconto na próxima mensalidade; que não é nada barata).

Escolhida a ferramenta, construir uma lista de e-mails é mais fácil do que se imagina. O problema é que isso demora – e sabemos que é natural do ser humano ser imediatista.

Digamos que você trabalhe com produção de conteúdo. Tem um blog ou escreve em plataformas alugadas como LinkedIn ou Medium. Você não terá trabalho em coletar os e-mails dos leitores. Basta utilizar uma call to action (também conhecida como “chamada para ação”) do tipo: “Quer receber meus textos por e-mail? Cadastre-se aqui!“. Vai por mim, se a pessoa gostar do seu texto, ela vai se cadastrar.

Outra estratégia que funciona muito bem, embora já esteja um pouco manjada, é oferecer um produto digital em troca do e-mail: um e-book, geralmente. Essa tática de oferecer uma “isca digital” pode dar muito certo desde que você entregue um conteúdo de qualidade.

Já vi e-book por aí cujo título era algo como “X livros que você devera ler“. Bom, você deveria escrever um artigo sobre isso, não um e-book.

No meu caso, minha “isca digital” mais recente é um desafio gratuito de escrita criado através das automações do ActiveCampaign – o objetivo aqui é coletar endereços de e-mail de pessoas que são público-alvo do meu curso de Escrita Criativa.

Se você é uma pessoa mais “visual” do que “textual”, organizar um webinário é uma ótima opção para gerar leads: você entrega conteúdo em vídeo e, em troca, recebe o endereço de e-mail de quem assistir.

Os engagement pods

Engagement pods são grupos de usuários de determinada rede social que se reúnem para curtir e comentar as publicações uns dos outros. A ideia é criar engajamento nessas publicações para que elas alcancem mais pessoas. É tipo uma camaradagem de likes entre produtores de conteúdos.

Não faço parte de nenhum grupo com essa finalidade, porém, pode ser uma opção legal para quem está começando. Aquele negócio de “uma mão lava a outra”. Caso você não encontre grupos do tipo na sua área de atuação, pode criar um e recrutar outros produtores de conteúdo.

Como divulgar seus links sem parecer um chato

Tão chato quanto receber um e-mail com uma propaganda não solicitada é receber em sua caixa de entrada um pedido para ler o texto ou assistir o vídeo de uma pessoa que você não conhece.

Os engagement pods são grupos cuja finalidade específica é curtir e comentar publicações de terceiros. Porém, caso você, assim como eu, não se sinta à vontade para fazer isso, pode procurar por grupos específicos de networking e/ou estudos na sua área e, caso seja permitido, distribua seus links por lá.

Participo de alguns grupos do tipo no Telegram e no WhatsApp e, por ser algo mais genuíno do que os engagement pods, a troca entre os usuários vai além de curtidas e comentários.

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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