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Há pouco mais de 7 anos, quando comecei a escrever para valer na internet, eu nunca imaginei que hoje teria 5 cursos online e quase 4 mil alunos espalhados pela comunidade lusófona – além dos brasileiros, também tenho alunos portugueses, angolanos e moçambicanos – e uma renda passiva maior do que o meu último salário como CLT.

Minha ideia com o blog e, posteriormente, com o LinkedIn, era simples: eu queria utilizar meus conhecimentos específicos para ajudar profissionais da minha área em começo de carreira e, de quebra, ser visto como uma autoridade digital para conseguir novas oportunidades. Deu certo. Tem dado certo.

Vejam que ter um curso online (muito menos 5!) não estava nos planos. Essa foi uma das novas oportunidades que identifiquei. Conforme os textos foram atingindo mais gente, convites até então longe da minha realidade começaram a surgir – cursos presenciais, workshops, consultorias, palestras, etc.

Embora financeiramente essas oportunidades fossem interessantes, não estavam de acordo com os dois principais valores do estilo de vida e de trabalho que eu estava desenhando para mim. Eu queria me tornar um nômade digital – e isso requer flexibilidade geográfica e liberdade.

Para que meu plano desse certo (e deu), eu precisava criar serviços ou produtos que pudessem ser oferecidos online. Notei que eu recebia muitas mensagens com dúvidas específicas sobre produção de conteúdo no LinkedIn. Naquela altura, dois anos depois do meu primeiro texto ter sido publicado e já com mais de 100 artigos escritos, eu já era visto como autoridade pelos leitores e até saí numa lista feita pelo próprio LinkedIn com os produtores de conteúdo mais influentes da rede.

Foi aí que veio o estalo: meu conhecimento específico era produzir conteúdos no LinkedIn com o objetivo de criar novas oportunidades. Daí surgiu o curso online de Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo no LinkedIn, uma forma de oferecer um produto online dentro das demandas que identifiquei e que me oferecia flexibilidade geográfica e liberdade para viver como nômade digital.

Ok, agora você deve estar se perguntando como aplicar isso na sua área, né?

Todo mundo tem algo para ensinar

Responda as duas perguntas abaixo:

1) Que tipo de conhecimento você tem que pode ser útil para as pessoas?

2) Esse conhecimento pode ser transformado em curso?

Quando falo em conhecimento, não pergunto qual graduação você fez. Eu, por exemplo, trabalhei anos com marketing de conteúdo sendo formado em relações internacionais. Vamos pensar aqui nas suas habilidades, nos seus hobbies, em coisas que você sabe fazer que podem ser úteis para outras pessoas.

Minha dica para identificar isso é produzir conteúdos nas redes sociais sobre temas que você domina. Com o tempo, através dos comentários do seu público, você certamente identificará demandas interessantes.

Utilize o Google Forms para entender as necessidades daquele público e siga produzindo conteúdos. Quando sentir que tem uma audiência, planeje e desenvolva o seu curso online.

Você pode ajudar um número maior de pessoas com o seu conhecimento

A primeira oportunidade que identifiquei com a produção dos meus conteúdos foi prestar consultoria online. Fiz alguns testes e atendi alguns poucos clientes, mas percebi algo: eu precisaria atender muitos profissionais para ter uma boa renda. Isso significaria trabalhar dobrado e ficar cada vez mais longe da tal sonhada liberdade e do equilíbrio entre vida pessoal e profissional (meu sonho é dormir enquanto eles trabalham; não o contrário).

Percebi, então, que eu precisava de um produto digital, não de um serviço. Esse era um modo inteligente de ter uma renda que viesse do online. Eu trabalharia bem menos e poderia ganhar muito mais. Como consequência, ainda atingiria um número muito maior de pessoas com o meu conhecimento – aumentando o boca a boca do produto digital (nesse caso, o curso online).

Diferente de um curso presencial, seu trabalho será feito apenas uma vez

A principal vantagem de criar um curso online gravado, na minha opinião, é que seu conteúdo precisa ser apresentado apenas uma vez, diferente de cursos presenciais ou mesmo palestras.

O último curso online que lancei, focado em nomadismo digital, tem quase 6h de videoaulas. Entre planejamento, gravações e edição (fiz tudo sozinho), foram 20h de trabalho divididas em uma semana.

Com o curso no ar, meu único trabalho é continuar fazendo o que já faço: produzir conteúdos nas minhas redes sociais. Não preciso me deslocar para lugar nenhum, tenho liberdade geográfica e não preciso apresentar meu curso todas as semanas e correr contra o tempo para fechar turmas. Meu trabalho criado em 20h está disponível online 24h por dia, 7 dias por semana.

Como e onde vender o seu curso online

Meu primeiro curso online foi lançado em 2017. De lá para cá testei algumas plataformas de venda de produtos digitais e, finalmente, achei uma que me fez ir para ôto patamá, assim como o Flamengo de 2019 do Bruno Henrique.

Meus dois cursos produzidos em 2022, Escrita de Viagem e Nômade Digital, foram lançados através da Livus.

A Livus é uma plataforma onde qualquer criador pode criar um produto digital ao vivo e/ou gravado para monetizar seu conhecimento de forma fácil.

Traga seus cursos e workshops para a Livus e mude de patamar

Além de possuir uma das menores taxas do segmento – apenas 6,99% sobre as vendas (você só paga se vender) –, a Livus oferece um suporte próximo e uma conta do Zoom gratuita para quem deseja fazer aulas ao vivo – com gravação totalmente integrada à plataforma.

Por fim: ganhe dinheiro enquanto dorme

Hoje, 98% do conteúdo que eu produzo é gratuito. Como assim? Como esse texto que você está lendo. Eu te dei umas dicas boas aqui e ali, mas você percebeu a quantidade de vezes que falei sobre os meus cursos (ops, falei de novo)?

São textos como esse que os vendem – isso se chama marketing de conteúdo.

Com meus conteúdos espalhados pela internet, não é incomum eu receber uma notificação da Livus me mostrando que vendi um curso “do nada”.

No meu caso, se antes minha ocupação principal era fazer freelas e os cursos online serviam apenas como renda extra, hoje acontece o inverso: minha ocupação principal é alimentar o ecossistema dos meus cursos online e fazer freelas pontuais para ter uma renda extra.

A internet tem dessas. Transforme logo o seu conhecimento específico num curso online antes que ele não tenha mais valor – essa é uma preocupação minha com o curso de LinkedIn, mas isso é papo para outro texto.

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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