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Depende.

Isso é o que sempre respondo para a maioria das coisas que me perguntam. Com a produção de conteúdo não é diferente. Temos diversas variáveis que influenciam nos resultados que você alcançará (ou não) com a sua estratégia.

O que funciona pra mim como profissional autônomo talvez não funcione na multinacional em que você trabalha. O que funciona pra mim que atingi um nível de maturidade na produção dos meus conteúdos talvez não funcione pra você que está começando. Ou seja, depende.

Entendendo isso e aceitando que não há uma resposta padrão para a questão qualidade x quantidade, a ideia deste artigo é mostrar que para diferentes tipos de contextos utilizamos diferentes estratégias.

Do começo ao presente – o que já fiz e o que tenho feito

Comecei a produzir conteúdos na internet pra valer no segundo semestre de 2015. Nessa época eu publicava três artigos e dois posts no feed por semana no LinkedIn – devidamente replicados nas minhas outras redes sociais e enviados semanalmente na minha newsletter.

Uma produção insana, reconheço. Principalmente por criar tudo sozinho nas minhas horas vagas – eu trabalhava como CLT em uma faculdade para pagar meus boletos e de vez em quando ainda fazia uns freelas pra complementar a renda.

Minha estratégia era totalmente focada na quantidade porque meu objetivo era ser visto. Eu queria construir uma autoridade digital. Ao criar tantos conteúdos, no entanto, por muitas vezes eu soava repetitivo e não conseguia manter a qualidade, mas, nessa estratégia de “tentativa e erro” minha probabilidade de acertar pelo menos uma vez por semana era maior.

O segredo nesse período foi manter a consistência. Segui produzindo meus conteúdos mesmo naqueles dias em que não estava inspirado. Tornei a escrita um hábito e, exatamente 100 artigos depois, veio a recompensa: num já longínquo 2016 o próprio LinkedIn me elegeu como o terceiro brasileiro mais influente da rede naquele ano em sua primeira lista de Top Voices.

Como meu objetivo de ser visto havia sido cumprido, foi hora de repensar a estratégia. Como monetizar essa visibilidade? Focando na qualidade. Mudei minha estratégia para a produção de um artigo semanal e dois posts no feed – afinal, escrever artigos longos dá muito mais trabalho.

Com a visibilidade que eu havia conquistado e agora tendo mais tempo hábil para produzir conteúdos de qualidade, consegui, enfim, viver só de freelas. E, com mais tempo livre para criar, apostei no mercado de infoprodutos – o que exigiu (e tem exigido) uma qualidade ainda maior na produção dos meus conteúdos.

Hoje, oito anos depois de escrever meus primeiros textos no LinkedIn, tenho publicado um artigo semanalmente e posts no feed apenas quando tenho algo pra falar – como mencionei no início desse texto, minha produção de conteúdo atingiu um nível de maturidade. Já são mais de 300 artigos publicados no blog e no LinkedIn.

Ou seja, além de ter criado uma audiência que me acompanha de forma regular nas redes sociais, também tenho ótimos resultados através de buscas no Google – principal fonte de acesso do meu blog e que me permitiu colocar o pé no freio.

Produção de conteúdo: foco na qualidade ou na quantidade?

4 coisas que aprendi durante o caminho e que você deve levar em consideração independentemente do seu contexto

Algumas coisas dependem do contexto, outras não. Nesses anos escrevendo na internet percebi que, embora não exista uma fórmula mágica, há um padrão nos conteúdos dos profissionais que conseguem se manter relevantes em meio ao excesso de informações publicadas diariamente.

1) Timing é legal, mas você não precisa produzir um conteúdo a cada nova tendência

Eu comecei por essa lição porque realmente acho que ela seja a principal. É incrível quando uma marca consegue aproveitar o timing de algo que está em evidência para divulgar seu produto ou serviço.

Porém, você não precisa criar um conteúdo sobre todo meme que surge na internet apenas para seguir uma tendência. Se você não pensou em nada mais criativo do que o que já vem sendo falado sobre o tema, fique na sua.

Ninguém quer saber o que você aprendeu sobre marketing com a morte da Rainha Elizabeth II ou de outra personalidade.

2) Cuidado com o over-branding

Um grande problema com o excesso de exposição da sua marca, seja empresarial ou pessoal, é o chamado over-branding.

Você provavelmente já pegou ranço de algum produtor de conteúdo por vê-lo todos os dias na sua timeline ou em anúncios do YouTube.

Mesmo se o seu foco esteja na quantidade, não seja um arroz de festa virtual. Esteja presente na medida certa. Equilíbrio é tudo.

3) Independentemente da sua estratégia, tenha um calendário editorial

Uma boa e velha planilha vai te ajudar a ser consistente na sua produção. Estabeleça dias e horários da semana para publicar formatos diferentes de conteúdo.

E isso não tem nada a ver com a discussão entre qualidade x quantidade.

Em ambos os casos você deve ter um calendário editorial bem definido. Além de fazer você manter uma rotina, criará um habito na sua audiência de esperar pelos seus conteúdos em determinados dias da semana.

4) Aprenda com quem já esteve na sua pele

Ter referências é tudo.

No próximo dia 26, quinta-feira, às 18h do Brasil, apresentarei um mini workshop sobre meus métodos e rituais para não desanimar e manter a constância em meus projetos criativos; resultado de quase uma década criando projetos solo na internet.

O mini workshop, que faz parte do Clube Passageiro (a comunidade de assinantes pagos da newsletter Passageiro), funcionará da seguinte maneira:

  • 1h15min de apresentação;
  • 45min de discussão e perguntas e respostas.

A gravação do mini workshop ficará disponível por 30 dias.

Assine o Clube Passageiro com 30% de desconto e participe deste e dos próximos encontros.

Escritor, educador e TEDx Speaker. Autor de "Nômade Digital", livro finalista do Prêmio Jabuti.
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